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GAIA - Assinala Dia Sem Compras
Dia 29 de Novembro celebra-se o Dia Sem Compras, internacionalmente conhecido como "Buy Nothing Day":
O GAIA - Grupo de Acção e Intervenção Ambiental, como já o fez em anos anteriores, pretende que se assinale este dia como uma chamada de reflexão sobre o consumismo na sociedade moderna e as suas consequências nefastas sobre o ambiente e as populações no terceiro mundo. Cerca de 12 por cento da população mundial vive na América do Norte e Europa Ocidental e é responsável por 60 por cento do consumo, mas um terço da humanidade que vive no Sul da Ásia e África conta com 3,2 por cento.
Hoje, há mais de um carro por cada 12 habitantes , em 1950 havia um por cada 50 habitantes. Os níveis de dióxido de carbono aumentaram 20 por cento em relação 1958. O consumo anual de plásticos aumentou de 5 milhões de toneladas nos anos 50 para quase 100 milhões actuais. A distância percorrida dos alimentos que consumimos aumentou 25 por cento 1980 e 2001. Entre 2000 e 2005, à volta de 10 milhões de hectares de floresta foram perdidos por ano na América do Sul na qual se incorpora a floresta da Amazónia.
A floresta é destruida para produções de gado e plantações de feijão de soja. Somente 20 a 25 por cento da brasileira é utilizada domesticamente, a sua maioria é exportada maioritariamente para alimento de gado europeu e americano.
Embora estes e outros factos assustadores, dados alarmantes, as corporações, na sua ganância, tentam a todo custo vender mais e mais produtos, e introduzir necessidades fúteis de consumo com a indústria da publicidade. Enchem-nos a vida com anúncios, tornou-se u m verdadeiro substituto da religião e pregam das mais variadas formas.
O resultado desta gula por consumo está agora em todo o lado, com o crescente consumo há um crescente endividamento, porque estas empresas tentam a todo o custo vender produtos até a quem não tem crédito. O sistema está a aquecer demasiado e hoje temos os estados que se dizem rotos e a nadar em défices a tentar salvar instituições bancárias com garantias na ordem dos mil milhões de euros.
É tudo um pouco irónico, estamos a tapar furos num balão de ar com os dedos e um dia não haverá dedos para tantos furos. É necessário reconstruir a sociedade, e hoje nos debates televisivos e nos jornais pouco se fala sobre reais alternativas de base a este sistema caducado. Onde está a ênfase às alternativas emergentes? As eco-aldeias, o conceito de permacultura, os sistemas de troca directa e locais, as formas não hierárquicas de participação civil nos processos de decisão, o uso de t ransportes não poluentes, o vegetarianismo como forma de redução do consumo e não destruição das florestas?
No dia 29 o GAIA apela a outra forma de vida, queremos uma sociedade verdadeiramente
democrática, em que tod@s têm direito a decidir sobre os problemas porque tod@s somos parte dele, e estamos saturados de corporações podres a decidir sobre tod@s nós e de estados marionetas das entidades bancárias e grandes empresas supranacionais. Devemos reduzir o consumo ao essencial, viver a vida lá fora, receber o que o planeta tem para nos dar sem o destruir, o vento, o sol, as paisagens, as relações, as vivências. Sair das televisões, dos centros comerciais, dos automóveis, vamos para as ruas e construir uma sociedade mais harmoniosa e justa. Vamos recriar as relações, tanto sociais como a relação que temos com o nosso planeta que está em perigo.
Precisamos parar para respirar...
Para assinalar este dia simbólico de reflexão/acção, o GAIA irá realizar actividades em Lisboa. A manhã da Baixa será presenteada, a partir das 11h, com uma animada caravana de distribuição de roupa grátis e acabará com a realização de um mercado de troca na Rua Augusta. Convidamos tod@s a participar neste mercado e saudavelmente trocar, conviver, e beneficiar de um dia sem consumo.
Às 13h – Tertúlia Sobre Herbologia (Centro Social da Mouraria – CSM) – Partilha de petiscos e conversas sobre ervas medicinais, trocas de livros, cd's e discos.
Às 15h – Juntar os Pontos (CSM) – Workshop de construção de microcomunidades efémeras baseadas na partilha.
Eu pessoalmente não poderei estar presente , mas a quem puder e quiser, será bem vindo.O GAIA - Grupo de Acção e Intervenção Ambiental, como já o fez em anos anteriores, pretende que se assinale este dia como uma chamada de reflexão sobre o consumismo na sociedade moderna e as suas consequências nefastas sobre o ambiente e as populações no terceiro mundo. Cerca de 12 por cento da população mundial vive na América do Norte e Europa Ocidental e é responsável por 60 por cento do consumo, mas um terço da humanidade que vive no Sul da Ásia e África conta com 3,2 por cento.
Hoje, há mais de um carro por cada 12 habitantes , em 1950 havia um por cada 50 habitantes. Os níveis de dióxido de carbono aumentaram 20 por cento em relação 1958. O consumo anual de plásticos aumentou de 5 milhões de toneladas nos anos 50 para quase 100 milhões actuais. A distância percorrida dos alimentos que consumimos aumentou 25 por cento 1980 e 2001. Entre 2000 e 2005, à volta de 10 milhões de hectares de floresta foram perdidos por ano na América do Sul na qual se incorpora a floresta da Amazónia.
A floresta é destruida para produções de gado e plantações de feijão de soja. Somente 20 a 25 por cento da brasileira é utilizada domesticamente, a sua maioria é exportada maioritariamente para alimento de gado europeu e americano.
Embora estes e outros factos assustadores, dados alarmantes, as corporações, na sua ganância, tentam a todo custo vender mais e mais produtos, e introduzir necessidades fúteis de consumo com a indústria da publicidade. Enchem-nos a vida com anúncios, tornou-se u m verdadeiro substituto da religião e pregam das mais variadas formas.
O resultado desta gula por consumo está agora em todo o lado, com o crescente consumo há um crescente endividamento, porque estas empresas tentam a todo o custo vender produtos até a quem não tem crédito. O sistema está a aquecer demasiado e hoje temos os estados que se dizem rotos e a nadar em défices a tentar salvar instituições bancárias com garantias na ordem dos mil milhões de euros.
É tudo um pouco irónico, estamos a tapar furos num balão de ar com os dedos e um dia não haverá dedos para tantos furos. É necessário reconstruir a sociedade, e hoje nos debates televisivos e nos jornais pouco se fala sobre reais alternativas de base a este sistema caducado. Onde está a ênfase às alternativas emergentes? As eco-aldeias, o conceito de permacultura, os sistemas de troca directa e locais, as formas não hierárquicas de participação civil nos processos de decisão, o uso de t ransportes não poluentes, o vegetarianismo como forma de redução do consumo e não destruição das florestas?
No dia 29 o GAIA apela a outra forma de vida, queremos uma sociedade verdadeiramente
democrática, em que tod@s têm direito a decidir sobre os problemas porque tod@s somos parte dele, e estamos saturados de corporações podres a decidir sobre tod@s nós e de estados marionetas das entidades bancárias e grandes empresas supranacionais. Devemos reduzir o consumo ao essencial, viver a vida lá fora, receber o que o planeta tem para nos dar sem o destruir, o vento, o sol, as paisagens, as relações, as vivências. Sair das televisões, dos centros comerciais, dos automóveis, vamos para as ruas e construir uma sociedade mais harmoniosa e justa. Vamos recriar as relações, tanto sociais como a relação que temos com o nosso planeta que está em perigo.
Precisamos parar para respirar...
Para assinalar este dia simbólico de reflexão/acção, o GAIA irá realizar actividades em Lisboa. A manhã da Baixa será presenteada, a partir das 11h, com uma animada caravana de distribuição de roupa grátis e acabará com a realização de um mercado de troca na Rua Augusta. Convidamos tod@s a participar neste mercado e saudavelmente trocar, conviver, e beneficiar de um dia sem consumo.
Às 13h – Tertúlia Sobre Herbologia (Centro Social da Mouraria – CSM) – Partilha de petiscos e conversas sobre ervas medicinais, trocas de livros, cd's e discos.
Às 15h – Juntar os Pontos (CSM) – Workshop de construção de microcomunidades efémeras baseadas na partilha.
Até lá :)
(*)
2 Comentários:
A ideia é muito boa...mas em vésperas do período natalício, não sei se a adesão será das melhores
beijos e bom fds
Aqui está um tipo de acção que eu não tinha conhecimento que se tinha realizado. Talvez porque ao marketing não interesse muito divulgar por uma questão de interesses económicos. No entanto deixa-me que te diga que esses numeros apresentados assim de uma forma tão crua são realmente assustadores.
Bjs.
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