*Caminho...*

...ao longo da praia sem destino , sentindo só e apenas a brisa que me envolve ao sabor das gotas da chuva que escorrem pelo meu corpo e se mergulham em cada poro meu que as absorvem tal qual fosse o teu “eu”...
A lua prisioneira está entre raios e trovões, nuvens negras aos milhões,mas ilumina o meu ser nesta noite de tempestade que mais aparenta ser de recordações...
O meu pensamento vagueia até onde baila a maré cheia ,e cada onda sua beija cada grão de areia , na sofreguidão incontida de te ter aqui .
O meu corpo arrepiado...respiração ofegante...
O desejo constante de te tocar... aquela vontade de te abraçar...
Sorrir-nos até ser dia...aconchegar-me no teu colo e dizer-te o que agora me apetecia...
Liberto-me das minhas vestes molhadas...continuo a caminhar... agora em direcção ao mar...
Sorrio-lhe...sorrio-te...
E agora de coração aberto ... do seu beijo salgado que é nosso ,me irei saciar...

(*)

*Foto By Momentos*

*COMUNICADO DE IMPRENSA*

Recebido por e_mail

GAIA - Assinala Dia Sem Compras
Dia 29 de Novembro celebra-se o Dia Sem Compras, internacionalmente conhecido como "Buy Nothing Day":
O GAIA - Grupo de Acção e Intervenção Ambiental, como já o fez em anos anteriores, pretende que se assinale este dia como uma chamada de reflexão sobre o consumismo na sociedade moderna e as suas consequências nefastas sobre o ambiente e as populações no terceiro mundo. Cerca de 12 por cento da população mundial vive na América do Norte e Europa Ocidental e é responsável por 60 por cento do consumo, mas um terço da humanidade que vive no Sul da Ásia e África conta com 3,2 por cento.
Hoje, há mais de um carro por cada 12 habitantes , em 1950 havia um por cada 50 habitantes. Os níveis de dióxido de carbono aumentaram 20 por cento em relação 1958. O consumo anual de plásticos aumentou de 5 milhões de toneladas nos anos 50 para quase 100 milhões actuais. A distância percorrida dos alimentos que consumimos aumentou 25 por cento 1980 e 2001. Entre 2000 e 2005, à volta de 10 milhões de hectares de floresta foram perdidos por ano na América do Sul na qual se incorpora a floresta da Amazónia.
A floresta é destruida para produções de gado e plantações de feijão de soja. Somente 20 a 25 por cento da brasileira é utilizada domesticamente, a sua maioria é exportada maioritariamente para alimento de gado europeu e americano.
Embora estes e outros factos assustadores, dados alarmantes, as corporações, na sua ganância, tentam a todo custo vender mais e mais produtos, e introduzir necessidades fúteis de consumo com a indústria da publicidade. Enchem-nos a vida com anúncios, tornou-se u m verdadeiro substituto da religião e pregam das mais variadas formas.
O resultado desta gula por consumo está agora em todo o lado, com o crescente consumo há um crescente endividamento, porque estas empresas tentam a todo o custo vender produtos até a quem não tem crédito. O sistema está a aquecer demasiado e hoje temos os estados que se dizem rotos e a nadar em défices a tentar salvar instituições bancárias com garantias na ordem dos mil milhões de euros.
É tudo um pouco irónico, estamos a tapar furos num balão de ar com os dedos e um dia não haverá dedos para tantos furos. É necessário reconstruir a sociedade, e hoje nos debates televisivos e nos jornais pouco se fala sobre reais alternativas de base a este sistema caducado. Onde está a ênfase às alternativas emergentes? As eco-aldeias, o conceito de permacultura, os sistemas de troca directa e locais, as formas não hierárquicas de participação civil nos processos de decisão, o uso de t ransportes não poluentes, o vegetarianismo como forma de redução do consumo e não destruição das florestas?

No dia 29 o GAIA apela a outra forma de vida, queremos uma sociedade verdadeiramente
democrática, em que tod@s têm direito a decidir sobre os problemas porque tod@s somos parte dele, e estamos saturados de corporações podres a decidir sobre tod@s nós e de estados marionetas das entidades bancárias e grandes empresas supranacionais. Devemos reduzir o consumo ao essencial, viver a vida lá fora, receber o que o planeta tem para nos dar sem o destruir, o vento, o sol, as paisagens, as relações, as vivências. Sair das televisões, dos centros comerciais, dos automóveis, vamos para as ruas e construir uma sociedade mais harmoniosa e justa. Vamos recriar as relações, tanto sociais como a relação que temos com o nosso planeta que está em perigo.
Precisamos parar para respirar...

Para assinalar este dia simbólico de reflexão/acção, o GAIA irá realizar actividades em Lisboa. A manhã da Baixa será presenteada, a partir das 11h, com uma animada caravana de distribuição de roupa grátis e acabará com a realização de um mercado de troca na Rua Augusta. Convidamos tod@s a participar neste mercado e saudavelmente trocar, conviver, e beneficiar de um dia sem consumo.
Às 13h – Tertúlia Sobre Herbologia (Centro Social da Mouraria – CSM) – Partilha de petiscos e conversas sobre ervas medicinais, trocas de livros, cd's e discos.
Às 15h – Juntar os Pontos (CSM) – Workshop de construção de microcomunidades efémeras baseadas na partilha.
Eu pessoalmente não poderei estar presente , mas a quem puder e quiser, será bem vindo.
Até lá :)
(*)

*De mala e bagagens me vi ...*

Apeada numa estação
Parada , olhei á minha volta
Uma lágrima de ternura caiu no chão...

Tento seguir um rumo
Escolho uma direcção...
Para trás deixei um momento
Cheio de tristezas e desilusão

Pretendo agora caminhar
Livremente e com boa disposição...
Seguindo caminhos diversos
Sempre atenta ao coração...

Rumos divergentes o meu pensar tece
Nesta busca intensa de liberdade
Guardarei com carinho todos os momentos
Pois sei que um dia vou sentir Saudade

Trouxe comigo a vontade,
Aliada ao meu muito querer
Para trás não volto ,para a frente sigo ,
agradecendo mais esta oportunidade...de poder viver...


Ps:
Grata a Ti que me estás a ler agora,que na minha ausência me visitas-te e com as tuas palavras ou só e apenas com a tua presença alimentas-te o meu sorriso...


Obrigado...de Coração...


(*)
*Foto By Momentos*