Era uma menina , alegre e bem disposta…como tantas outras…
Recordou aqueles tempos de férias , em que corria por montes e vales…em que o arco íris lhe sorria quando com cada cor sua ,ela pintava uma flor de pétalas diferentes até ao sol por…
Invadiam-na de pureza todas as palavras ouvidas e sentidas pela brisa suave que lhe acariciava o rosto rosado, os seus longos cabelos cacheados ,que a acompanhava em cada traquinice…
Cada passo dado era destemido, cada pulo saltado era endiabrado… era feliz…
Sorria ás formigas que em fileiras se dirigiam ás suas casinhas…
observava-as ela muito quietinha , não fosse sem querer alguma delas pisar e aí sim iria chorar…
As galinhas cacarejavam na loja da avó, o garnisé fazia das suas quando bicava as pernas ao sr.Zé, que ao entardecer vinha até ao canteiro buscar uma rosa para a sua esposa ofertar…
as rolas brancas e reais faziam “cu.cruuuuuu”nos seus aposentos , aquele que o seu avô construíra em dias de sol , para as proteger dos vendavais…
Era tão feliz…
Podia ver o rio , as montanhas a fio,o horizonte tão perto…
Quando acordava , o sol a beijava, o rouxinol cantarolava , e a manhã era encantada…
Água canalizada não havia , logo o seu banho era de bacia ,com água amornada na lareira que se acendia logo de manhã por todo o santo dia…
Como a água escasseava , sua avó a chamava , ao burro iam buscar e até á fonte iam a cantarolar, para os cântaros encherem e até casa voltarem, e com a frescura desta se saciarem…mas…
não sem antes tomarem o pequeno almoço,que de cevada se servia,com leite acabado de á vaca tirar, para á cevada misturar se assim se pretendia , e o pão quentinho acabado de sair da grelha que a sua avó tinha colocado a torrar á lareira… e aquele queijo …fresco, suculento…ainda com o soro a escorrer… branco como a neve… que a prima Maria fazia…
Á noite a candeia se acendia , pois na aldeia luz não havia , televisão nem falta fazia ,
Ah e o colchão…que saudades de tanta dureza então…
Fez-lho a sua avó, com fresca palha que abundava no celeiro, á medida da sua cama com tecidos do coração.
E tecida em saudades , agradece a menina, agora mulher , por tanta felicidade os seus Avós lhe ofertarem…
Volta á aldeia , agora com tudo o que há na cidade…
Relembra-se ela imersa em ternura…
Como viveu… como foi outrora…tão feliz… ali...
Jorrando lágrimas de amor... sente só e apenas... saudade ...
Recordou aqueles tempos de férias , em que corria por montes e vales…em que o arco íris lhe sorria quando com cada cor sua ,ela pintava uma flor de pétalas diferentes até ao sol por…
Invadiam-na de pureza todas as palavras ouvidas e sentidas pela brisa suave que lhe acariciava o rosto rosado, os seus longos cabelos cacheados ,que a acompanhava em cada traquinice…
Cada passo dado era destemido, cada pulo saltado era endiabrado… era feliz…
Sorria ás formigas que em fileiras se dirigiam ás suas casinhas…
observava-as ela muito quietinha , não fosse sem querer alguma delas pisar e aí sim iria chorar…
As galinhas cacarejavam na loja da avó, o garnisé fazia das suas quando bicava as pernas ao sr.Zé, que ao entardecer vinha até ao canteiro buscar uma rosa para a sua esposa ofertar…
as rolas brancas e reais faziam “cu.cruuuuuu”nos seus aposentos , aquele que o seu avô construíra em dias de sol , para as proteger dos vendavais…
Era tão feliz…
Podia ver o rio , as montanhas a fio,o horizonte tão perto…
Quando acordava , o sol a beijava, o rouxinol cantarolava , e a manhã era encantada…
Água canalizada não havia , logo o seu banho era de bacia ,com água amornada na lareira que se acendia logo de manhã por todo o santo dia…
Como a água escasseava , sua avó a chamava , ao burro iam buscar e até á fonte iam a cantarolar, para os cântaros encherem e até casa voltarem, e com a frescura desta se saciarem…mas…
não sem antes tomarem o pequeno almoço,que de cevada se servia,com leite acabado de á vaca tirar, para á cevada misturar se assim se pretendia , e o pão quentinho acabado de sair da grelha que a sua avó tinha colocado a torrar á lareira… e aquele queijo …fresco, suculento…ainda com o soro a escorrer… branco como a neve… que a prima Maria fazia…
Á noite a candeia se acendia , pois na aldeia luz não havia , televisão nem falta fazia ,
Ah e o colchão…que saudades de tanta dureza então…
Fez-lho a sua avó, com fresca palha que abundava no celeiro, á medida da sua cama com tecidos do coração.
E tecida em saudades , agradece a menina, agora mulher , por tanta felicidade os seus Avós lhe ofertarem…
Volta á aldeia , agora com tudo o que há na cidade…
Relembra-se ela imersa em ternura…
Como viveu… como foi outrora…tão feliz… ali...
Jorrando lágrimas de amor... sente só e apenas... saudade ...
(*)
59 Comentários:
Esta história maravilhosa foi para mim não foi??? Pois a minha é igual!
Tempos lindos não há palavras...
Obrigada...
Passei para te deixar um raio do meu luar...Estou partindo para minha lua e te deixo com saudade...
Bom fim de semana.
Beijinho prateado com carinho
SOL
Adoro regressos... devo sofrer da tal da Nostalgia.
Bom post miuda.
Beijos velhos
"Gigante" Amiga:
Uma aldeia humilde, mas de sonho.
Uma avó fenomenal na dedicação, na ternura, no encanto.
O som maravilhosamente difundido pela melodia doce dos animais que parece embalar-nos num berço humilde, mas magnífico de amor e ternura.
Quanta lucidez bela na lembrança de tempos lindos passados!
Com sofrimento, amor e indiscutível sentir de magia terna e enternecedora.
A menina agora Senhora recorda momentos de intensa felicidade que registo no meu caderno da existência. São pedacinhos de verdadeiro amor.
As montanhas, os rios, os seres animais de sonho, quanta beleza...!!!
OBRIGADO por ser o que é.
OBRIGADO pelo seu sentir de estarrecer e arrebatar.
Como adorei o texto!!!!!!!!!!!!!!!
Lindo. Explendoroso. Magnífico. Com um imenso talento narrado em palavras sensatas, reconhecidas e repletas de choro pela ternura e beleza.
Gostei muito de ler.
Possuí uma Alma gigantte num coração enorme.
Beijinhos amigos de sinceridade e seriedade.
Já sentia saudades de interromper o silêncio, (Culpa muinha só) de me deslumbrar aqui. Encantar-me. Maravilhar-me. Porque maravilha e porque encanta, acredite?
Com um respeito do tamanho do Mundo
pena
Será que todos nós tivemos estas histórias de infância?
E avós assim?
E leite acabadinho de tirar e arco-iris e colchões de palha?
e não havemos de ter saudade?
Mas é bom recordar...
beijinhos e veludinhos, amiga
Acordei e vim ver a "correspondência"... Feliz por de novo te encontrar. Virei com tempo apreciar este teu trabalho.
Beijos
É tão bom sentir as doces memórias do nosso passado...
Doce beijo
Mas que lindo....
A menina és tu???
Que história de encantar e lavar fechada no coração para a eternidade.
Como é bom ler-te, como me sinto bem aqui, como despertas nostalgias lindas do teu viver.
Obrigada por partilhares com quem te lê "MOMENTOS" como este
Beijinho de carinho em ti
Uma Garça
M,
Linda história q te faz viajar ao passado com mta saudade... reviver o passado, tb é viver!
Bom fds e tudo bom*********
Ai que saudades dos tempos idos, onde tudo era Artesanal e BOM!
Quando se corria, saltava, éra-mos autênticos amantes dos campos, da Natureza, ainda temos o previlégio de o conseguir-mos recordar.
Aproveito para te deixar aqui os meus votos para que amanhã tenhas um dia replecto de felicidade, o dia é das e para as MULHERES, portanto faz o ke bem entenderes.
GRANDE MULHER TU ÉS!!!!
Yessssssssssss... vim cá ter!
Beijinho para a menina!
:)
Saudade é algo agridoce, não é?
Feliz Dia da Mulher!
Eram outros tempos, tão felizes...
Fica-nos ainda o sabor do pão quente com queijo fresco, e uma enorme saudade...
Beijinhos, linda
Querida e Doce Amiga,
Que bela esta história, que pode ser a de qualquer um de nós *
Agora tudo é diferente, temos apenas algumas migalhas desses belos e saudáveis tempos :)
Ficam as saudades, muitas!!!
E um beijinho cheio de admiração p ti,
Belíssima história que me levou a um passado delicioso. Bom poder voltar.
Deixo-te um beijo e bons desejos para o findi semana.
Bjs
Recordar é viver!...
Sentimos saudades das coisas boas que nos aconteceram!...
Mas mais vale sentir saudades que nunca ter motivos para as sentir!...
Beijos.. :)
Que linda é ainda hoje a "traquininha"...
Beijo nostálgico
Terna e bela história! Privilégio de quem a viveu.
Beijos pra ti!
estou bem.
E fico sempre... melhor quando te leio.
Bjs,
Parabéns p'lo novo espaço (o outro acabou definitivamente?).
Mais uma vez dissertações lindas num post "mai lindo ainda".
Bjos e bom fds :-)))
Mudança de casa? Espero que tenha uma vista boa sobre o campo assim como o do Van Gogh (eu prefiro nus, digo nuas!:).
Ai que saudades da minha avózinha!
Feliz Dia da Mulher, todos os dias do ano!
Kiss, Kiss :-)))
Não só a saudade... muito mais vai lá misturado, com o peito a pesar, querendo sair para fora e misturar-se de alegria contida...
Pedacinhos de felicidade, momentos que se recordam com aquela ternura transparente, onde o branco era pureza e tudo à volta cantarolava, as flores e os animais, o rio, montanhas e gentes amigas...
Tempos de férias, tempos de repartir emoções saudáveis, onde cada pormenor é agora símbolo dum encanto que não esquece...
Ir e voltar... dá volta aos sentimentos!
Olá
Amiga nada de estranho se passou, simplesmente crie novo blog, como tal dei aquele como terminado.
Beijo de @ir@
Bom fim de semana
Saudade do tempo de meninice!
Saudade dos avós...o meu avô era o de cabelos de prata, doce como só os avós sabem ser...
Saudade do tempo de menina...
Todas as crianças deveriam ter um tempo de criança feliz...mas a verdade não é bem assim!
Gostei imenso!
beijinhos
Acho que todas temos uma história dessa; porque me vi nessa menina e be bateu uma nostalgia...
Pena que as meninas crescem...
Um beijinho pra ti e um Feliz dia da MULHER!
Deixo rosas amarelas
:)
É muito bom recordar a infância quando ela foi feliz. Infelizmente nem todos sentirão prazer nesse regresso ao passado. Um beijo, gostei muito deste teu post.
Quase me fizeste relembrar os livros da Anita... ;)
outros tempos
outros ritmos
luz de candeia
estorias à lareira
menos flexibilidade
menos correrias...
o soro a escorrer...
abrazo serrano
Um delicioso pedacinho que felicidade.
Realmente faz lembrar os livros da Anita, com historias deliciosas. Um beijo de amizade.
Há um ano iniciei esta aventura pela blogoesfera, a todos aqueles que me têm acompanhado nesta caminhada, o meu muito obrigado.
Minha linda, teus últimos textos nos inundam de sentimentos e emoções que custamos a segurar dentro do peito... Uma mescla de ternura, esperança, saudade, amor, lembranças...
Esta postagem onde descreves 'pedacinhos da felicidade' é algo que comove até às lágrimas, e nos faz reviver também pedaços de nossa infância marcada com a presença de avós tão ternos. A minha infância foi vivida numa fazenda (conservada até hoje na família) onde já se tinha o conforto da energia elétrica, TVs, vídeos, piscina, banheiras, play ground, campo de esportes, e toda essa parafernália que marca a modernidade. Mas confesso, amiga, que aquilo que mais me traz saudade é a lembrança das noites onde os adultos sentados à varanda ficavam observando as crianças formarem lindas cirandas de roda, e depois o leitinho quente acompanhado de broa de fubá, o carinho antes de dormir, as historinhas de fadas... ah, meu anjo, avós são pessoas que deveriam sempre existir nas nossas vidas, para nos lembrarem sempre de que a ternura é algo vital.
Deixo-te sorrisos e beijos, minha linda, acompanhados do desejo de que lindos anjos estejam ao teu redor recolhendo teus sonhos para levar direto ao coração do nosso Pai.
Vim só deixar um beijinho,
e muitos beijinhos e veludinhos :))))
isso faz me lembrar um livro que li e ficou marcado na minha juventude:
"A Anita no campo"
beijusss
Gosto do que escreves!
Um post com uma história LINDA!
Gostei sinceramente!
Mas.... perdi-me de encantos com a nova "decoração" deste teu cantinho... andei a cheirar e a olhar cada flor aqui plantada... gostei tantooooo, mas tantooooo destas flores que embelezam este teu maravilhoso canto....
Beijinhos de mim para Ti
Flor
Relendo esta bela história,
deixo-te um abraço cheio de amizade e com muito carinho p ti :)))
Doces memórias da vida rural do antigamente. A felicidade de uma infância pura, em contacto com a natureza.
Oh, minha amiga como também eu provei esta felicidade, cheia de mimos que se perderam no tempo.
Bonita descrição.
Beijo e abraço muito forte, com cheiros transportados pela natureza.
Magnífico! Por un ratito estuve paseando por allí!
Beijinhos com carinho
São esses pedacinhos de pequenos nadas, que nos dão a felicidade!
Gosto do teu novo rosto, branco e resplandecente.
Voltarei com mais tempo e calma, para te ler como mereces.
Beijo
Andei distante , sem agradecer os comentarios feitos nas minhas postagens em meu BLOG mas por momentos voltei e com uma surpresa para ti ;) Passa por lá ...
Tinha k arranjar forma de vos AGRADECER né ?
Beijinhos
Com tempo passo tb para te ler melhor e talvez eu tb voltar a escrever afinal postei eu a CANTAR C ABRUNHOSA ou para ... lol
Fixeeeeeeeeeeee
MAis uma maravilhosa história pela pena de uma formosa mulher...ler-te é um processo de sublimes sentires...
Doce beijo
Aos pouco retomando da pequena ausência...Que tempo este, quem me sera ter conhecidos meus Avós, esses lindos Seres...como godtei de Te ler...
Bjcas ternas
Linda historia de tanta vivencia passada
Saudações amigas
Normalmente as recordações de momentos de infância estão sempre recheados de boas lembranças. Depois, bem depois perde-se a inocência da infância, e a vida passa a parecer-nos mais cinzenta, e a não sorrir tanto para nós.
Bjs.
� um texto magn�fico,sentido e alegre.
Tens um esp�rito verdadeiramente jovial!
Beijinhos das Caldas
Num momento leio...E Consumo o fascino que as tuas palavras libertam.
Silenciosamente parto para não sentirem a minha falta.
:)
Beijo
Belíssimo texto, querida amiga.
Desejo-te uma semana recheada de coisas boas, e que tudo corra pelo melhor.
Beijinho de muito carinho e amizade
Mário
Olá minha querida belíssimo texto... Adorei!!!
Beijinhos do coração.
Fernandinha
Por pedacinhos se começa a construir coisas enormes e eu só quero que a tua FELICIDADE seja tão Enorme quanto tu !
olá minha querida...como é bom pedacinhos de vida assim para recordar...
um beijo e um abraço bem bem apertadinho para ti
um texto delicioso num quadro de Van Gogh, logo Holanda, logo uma Maria...
pão quente, queijo, manteiga da vaca, aquela mesmo holandesa...
já com saudades imensas no remoínho de recordações do antigamente, na minha casa de infância e no presente, nessa terra que está longe...
beijinhos
uma nostalgia contada em muitos "andamentos"...
gostei de ler, gostei do que senti.
beijinho
Hum...
Procurei-te, como por vezes tenho o hábito de o fazer e encontrei-te nesta tua "nova condição".
Devo dizer-te que simplesmente,
ADOREI!
Um Beijo meu.
PS: Música... Excelente!
Um belo Momento!
obrigada, simplesmente obrigada...
pelo respeito, pelo silêncio, mas principalmente pelo abraço...
CREDO! QUASE KITSCH!!!!
D. MARIA
*
mimos da av�,
recordando a minha,
,
a cita�o a van gogh,
� referente a este post, �bvio...
,
conchinhas
,
*
Ainda bem que amenina viveu esses momentos, agora pode recordá-los e sorrir...
Que história linda!
e que saudade...
"e o pão quentinho acabado de sair da grelha que a sua avó tinha colocado a torrar á lareira…"
que memórias tão boas me deu essa frase especialmente!
Obrigado...
bjca xL
porque é que a infância é sempre a parte que recordamos com mais saudade?
não bebi o leite acabadnho de tirar, mas comi o gelado de chocolate que me lambusou toda, descasquei ervilhas no tempo em que ainda se descascavam ervilhas, no pátio, em dias de sol, com os meus irmãos, dei passeios de comboio, cheios de sorrisos e gargalhadas, corri por campos verdinhos de tanto verde e saltei, para um colo que me recebia de braços abertos...
obrigada por me lembrares esses sorrisos
beijo, com sabor a joelhos esmurrados e tintura de iodo
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